terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O QUE COLHER DE 2014 NO FUTURO ?

Sabe aquele ditado que diz que a gente só valoriza algo depois que perde? Pois bem, parece que esses meses sem conseguir postar me deixaram bem inspirada!!! Claro que o fato de ter tempo também ajuda, e dedicar esse tempo à leitura, são uma grande fonte de inspiração.

Meu repertório é formado de histórias com as quais converso. São histórias que sempre me dizem algo e histórias que me abrem espaço para lhes dizer algo também, seja através das imagens que me possibilitam criar, principalmente com objetos, seja através do encantamento e da identificação com pensamentos e palavras, com os quais posso me expressar e até brincar...

Algumas dessas histórias encontrei casualmente, algumas cresceram comigo, algumas me foram apresentadas. Mas com todas elas posso conversar, assim como acontece nas relações com conhecidos, familiares e amigos, respectivamente.

Desde 2011 procuro destacar no repertório algum tema que tenha relevância no ano. Esse contexto me coloca em contato com histórias que me são apresentadas naquele ano, e sempre tive encontros felicíssimos com essas histórias, com as quais pude além de conversar descobrir muitas qualidades e levá-las para a vida!


Em 2011, as comemorações dos 100 anos da Itália no Brasil, me proporcionaram conhecer As Fábulas Italianas e Ítalo Calvino, uma obra e um autor que fazem a diferença, não poderia passar pela vida sem tê-los comigo;

 

Em 2012 O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, em comemoração aos 100 anos de Jorge Amado me permitiu, além de retomar contato com a obra contagiante e verdadeira esse autor, descobrir como os adolescentes podem se envolver e se encantar com uma boa história de amor e amizade;

 
Em 2013 A Bruxinha e A Arca, produzida para as comemorações dos 100 anos de Vinícius de Moraes, realizou meu sonho de cantar e contar uma história através da música. E ainda me encorajou a praticar o exercício da escrita na adaptação de uma obra literária, da qual me orgulho muito!

 
 
Em 2014, escolhi a temática da Copa do Mundo no Brasil para trabalhar,  baseado em dois repertórios já existentes (Literatura Mundial e A Língua Portuguesa é Uma Surpresa), mas que serão mesclados, reconstruídos  e recontados nesse contexto.

Estou em uma das fases mais prazerosas do trabalho, a fase de pesquisas, e já estou ansiosa para entender e encontrar no futuro, os frutos que essa nova amizade me trará!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

LER

Todo início de ano o volume de apresentações é bem tranquilo. Houve um tempo em que esse ritmo me incomodava...

Hoje compreendo que esse momento pode se aproveitado para retomada de fôlego e abertura de espaços para o que há por vir. Esse ano especialmente, em que precisarei me dedicar ao temido TCC da Pós A Arte de Contar Histórias, o tempo vago foi recebido como um prêmio para poder ler duas obras indicadas para a matéria Memória, imaginação e imaginário: 1. A memória coletiva, de Maurice Habwachs; 2. A Odisseia, de Homero.

Surpreendentemente me vi completamente envolvida nas aventuras de Odisseu, que esteve comigo desde janeiro, de quem me despedi essa semana, após apresentação de trabalho.

Ler essas obras me deixou com essa sensação:
 

 

Ps: Criei a arte acima por completa falta de disciplina e prazer em ficar ociosa. Ela faz parte de um conjunto de artes com imagens de uma revista da década de 30, "casadas" com frases que marcaram meu Curso de Pós até então. Conforme contexto, vou publicando outras dessas artes com os textos do blog.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

OS CINCO SINOS

Olá!

Oba!!! Agora sim, com computador novo poderei me dedicar um pouquinho ao blog e com um mínimo de qualidade de formatação de texto nas postagens. Aproveito essa deliciosa e necessária renovação para transcrever um conto, bem adequado ao nosso momento de início de ano, reinicio de ciclos, fase propícia para aberturas e mudanças.

As histórias reais e atuais volto logo para contar, agora fique com: 

OS CINCO SINOS

Era uma vez um hotel chamado Estrela de Prata. O hoteleiro não conseguia fazer a receita cobrir as despesas, embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes oferecendo um hotel confortável, um serviço cordial e preços razoáveis. Por isto, desesperado, foi consultar um sábio.
- É muito simples. Você deve mudar o nome do hotel.
- Impossível, - retrucou o hoteleiro. - Há gerações ele é Estrela de Prata, assim é conhecido em todo o país.
- Não, - disse o sábio com firmeza. - Agora você deve chamá-lo de Cinco Sinos e, na entrada, colocar uma fileira de seis sinos.
- Seis sinos? Isso é absurdo! De que adiantaria?
- Experimente e verá, - recomendou o sábio com um sorriso.
Então, o hoteleiro experimentou, e eis o que viu: cada viajante que passava pelo hotel fazia questão de entrar para apontar o erro, acreditando que ninguém o notara. Uma vez lá dentro, impressionava-se com a cordialidade dos serviços e ficava para repousar, propiciando ao hoteleiro, desse modo, rendimentos que ele não conseguira por tanto tempo.
Às vezes, o esforço, a persistência e a insistência não são suficientes para levar-nos ao objetivo almejado. É preciso mudar.
Mudar conceitos, a forma de pensar, a forma de agir. Mudar o caminho traçado.
Autor desconhecido